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José Octávio - Historiador |
“Eu sou
eleitor de cabresto de Land Seixas” – era sempre assim que se lhe referia, sob
os protestos de Antonio David, o excelente fotografo e autorizado escritor que
não me entendia:
– Não diga
isso! Como integrante do Grupo José Honório, você não pode se rebaixar perante
Land!
Mas era
exatamente por isso que eu não cessava de repetir o bordão. Sendo o GJHR
essencialmente democrático, nos compúnhamos com Land em todas as eleições do
Sindicato dos Jornalistas da Paraíba.
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Land Seixas |
Escusado é
dizer que eu sempre votava nele a cuja convocação atendia. Nesse sentido, seu
telefonema soava como imperativo para o eleitor do outro lado da linha. Até
que, com o desenlace de semanas atrás, a convocação não se poderá repetir. O
Sindicato, como o eleitor de sempre, ficou órfão.
A história do
SJP/PB não é fácil de compor. Ultrapassado pela Associação Paraibana de
Imprensa (API) que, com Adalberto Barreto e Jório Machado, se tornou, antes de
1964, peça da chamada Aliança
Operário-Estudantil-Camponesa, o Sindicato permaneceu na sombra. Até que, ante
a redemocratização de 1985, a presidência Peninha lhe ofereceu feição
ideológica. Tratava-se de retomar a caminhada anterior a 64.