Jornalista Wellington Farias é homenageado na Academia Paraibana de Letras durante ‘Pôr do Sol Literário’

 

A Academia Paraibana de Letras (APL) realizou, no último dia 28, a 87ª versão do ‘Pôr do Sol Literário’. O evento foi criado pelo Sol das Letras, grupo que surgiu com o objetivo de estimular a produção, criação, divulgação e debate sobre a literatura paraibana nos cenários regional e nacional e é realizado uma vez por mês, já se consolidando como um dos eventos mais importantes do gênero no Estado.

Dentro da programação, foi realizada uma homenagem ao jornalista Wellington Alexandre de Farias, nascido em Serraria-PB, que se tornou um dos momentos mais prestigiados pelos colegas de classe, amigos e familiares. O jornalista Land Seixas representou o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba (Sindjor-PB).

Wellington foi citado na fala do escritor Franscisco Barreto, que dedicou parte de seu discurso ressaltando as qualidades humana e profissional de Farias, sendo encerrada a sessão com um troféu entregue a Wellington Farias por sua esposa, Eloise Elane. Após a cerimônia, houve uma sessão de fotos em que Wellington Farias foi bastante requisitado pelos presentes e familiares. 

Wellington Alexandre de Farias iniciou sua história na comunicação como radioescuta na Rádio Tabajara, em 1977, em um estágio não-remunerado de seis meses. Depois, passou também para o jornal A União como repórter, indicado pelo jornalista Paulo Santos que havia sido demitido da função. Ainda na Tabajara, atuou como repórter policial formando dupla com Livardo Alves. No início da década de 1980, foi para O Norte. Nos anos de 1990, retornou para A União como chefe de reportagem e editor geral, durante dois anos. Posteriormente, foi convidado para compor a equipe de reportagem do Correio da Paraíba no qual ficou por 23 anos. Farias também foi correspondente por seis meses de O Globo e freelancer na revista Veja. 

Jornalista Wellington Alexandre de Farias

Entre os momentos e reportagens marcantes de sua trajetória está a descoberta do plágio do cantor paraibano Zé Ramalho, na letra da faixa título do disco “Força Verde”, idêntica a um poema do dramaturgo e poeta irlandês William Butler Yeats. O texto também havia sido usado em uma edição da revista do Incrível Hulk e foi reconhecido por um colecionador que prontamente encaminhou o material para Wellington Farias, então chefe de reportagem do jornal A União, em 1982. 

Outro fato marcante foi a cobertura da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento sendo o único jornalista da Paraíba presente na Eco-92. 

No rádio, as suas primeiras experiências à frente do microfone foram comentários políticos no programa A Hora da Bronca, apresentado por Bernardo Filho, na Correio AM, nos anos 2000, e depois na CBN. 

Em 2011 estreou como comentarista político no programa Correio Verdade com os apresentadores Heron Cid e Fabiano Gomes. Nessa época também passou a fazer participações no Correio Manhã, da TV Correio. Em 2013 foi um dos entrevistadores do programa Imprensados, da RCTV, com Adriana Bezerra e Wanja Nóbrega. 

Em 2014, integrou o Rede Debate, da mesma emissora, com a equipe formada por Hermes de Luna na apresentação e comentários de Lena Guimarães e José Vieira Neto. Em 2015 apresentou o Dedim de Prosa, na TV Assembleia. Em 2017, foi contratado pelo Sistema Arapuan, acompanhando os colegas Heron Cid e Fabiano Gomes. Após quase dois anos afastado por problemas de saúde, estreou em 2019 como colunista do portal PB Agora.

Da Redação do Sindjor-PB 

Dados bibliográficos:

Machado, Marcella Silva Mousinho. A carreira profissional dos jornalistas veteranos em tempos de mudanças estruturais : mercado de trabalho, práticas e socializações / Marcella Silva Mousinho Machado. - João Pessoa, 2021