Utilização indevida de fotos das jornalistas paraibanas está sendo investigada pela polícia e entidades se mobilizam contra crime cibernético
Jornalista Letícia Silva |
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais
do Estado da Paraíba (Sindjor-PB) está acompanhando as recentes investidas contra
jornalistas paraibanas que tiveram suas fotos pessoais utilizadas indevidamente
em sites de conteúdo para adultos.
A jornalista Letícia Silva
gravou vídeo no último sábado (1) denunciando a utilização indevida de suas
fotos em um site de conteúdo restrito para maiores de 18 anos. A descoberta
foi feita pela própria Letícia ao pesquisar seu nome no Google, onde encontrou
imagens de viagens e campanhas de biquínis expostas indevidamente na plataforma.
A jornalista explicou que já vendeu biquinis e que na
época costumava tirar fotos com os produtos para ajudar na divulgação. Foram
essas fotos, tiradas de contexto, que foram publicadas na plataforma.
Depois da denúncia, ao menos nove outras jornalistas paraibanas identificaram fotos suas que foram usadas na mesma plataforma, dentre elas Fernanda Albuquerque, Bruna Borges, Ana Beatriz Rocha, Amy Nascimento, Beatriz Freire, Dani Fechine e Zuila David.
Jornalista Linda Carvalho |
Depois do alerta de Letícia, a também jornalista Linda
Carvalho, utilizou seu programa televisivo para denunciar o uso não autorizado
de suas fotos. "É inaceitável que algo assim aconteça. Nós, como
profissionais, temos nossa imagem exposta diariamente e precisamos de proteção
contra esses abusos," afirmou Linda durante a transmissão.
Delegado João Ricardo - Reprodução: redes-sociais |
A Delegacia de Crimes Cibernéticos de João Pessoa está conduzindo as investigações para identificar os responsáveis por essas violações de privacidade. O delegado João Ricardo falou sobre a questão após uma denúncia feita pela jornalista Letícia Silva, que denunciou a utilização criminosa de suas fotos em um fórum destinado a conteúdo adulto.
O delegado enfatizou a importância de se procurar
imediatamente a polícia para fazer um Boletim de Ocorrência (BO) e para que se
inicie uma investigação, além de fazer "prints" das páginas e copiar
o link que leva ao conteúdo e o nome do perfil responsável pela postagem.
Land Seixas - Presidente do Sindjor-PB |
O presidente do Sindjor-PB, Land Seixas de Carvalho, se
pronunciou a respeito do crime cibernético, destacando o repúdio a qualquer
tipo de cerceamento, constrangimento e desrespeito aos profissionais do
jornalismo paraibano. “Qualquer profissional do jornalismo que sofrer
agressão no seu direito de atuação ou ataque pessoal de qualquer natureza terá
o apoio e a ação efetiva do Sindicato. A utilização indevida de fotos pessoais
em sites de conteúdo adulto é um crime cibernético que expõe a intimidade e
invade a privacidade das pessoas, causando constrangimento e indignação.
Repudiamos todo tipo de ataque pessoal ou profissional aos profissionais jornalistas,
independente da natureza do crime”, enfatizou Land Seixas.
Além do Sindicato e da Polícia Civil, a Associação
Internacional de Luta contra os Crimes Cibernéticos, que tem sede na França e
cujo escritório brasileiro está localizado em João Pessoa, resolveu também acompanhar
o caso.
Da Redação do Sindjor-PB.
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