30 outubro 2024

CONVENÇÃO COLETIVA – Negociações “travam” em discussões sobre banco de horas e horas extras

Sindicatos discutem pontos polêmicos que envolvem o trabalho noturno e em finais de semana. Empresários querem permissão para ultrapassar limite legal de horas extras

 


Os dirigentes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba (Sindjor-PB) e do Sindicato das Empresas Jornalísticas de Rádio e Televisão do Estado da Paraíba se reuniram na última terça (29) para discutir os pontos divergentes no documento da Convenção Coletiva de Trabalho dos jornalistas do setor privado da Paraíba. Desta vez, a reunião aconteceu de forma on-line, quando foram discutidos pontos como a vigência da Convenção (um ano ou dois anos), horas extras e a implantação do banco de horas. 

Os pontos em pauta nesta reunião já tinham sido debatidos em outros cinco encontros presenciais entre os dirigentes, tendo avanços como a implantação de um sistema de gestão de horas extras, reajuste salarial de 5% e reposição das perdas salariais. O Sindjor-PB realizou assembleia geral com os jornalistas que aprovaram estas e as demais cláusulas do documento, mas a divergência permaneceu nos itens sobre a extrapolação legal das horas extras diárias e na implantação do banco de horas. “Nem o sindicato, nem a categoria aceita ultrapassar o limite legal de duas horas extras diárias e a implantação do banco de horas de forma unilateral é rechaçada pela categoria. Apesar de o banco de horas ser uma alternativa legal ao pagamento de horas extras, que permite ao funcionário acordar a compensação de horas extras trabalhadas por folgas, os funcionários jornalistas reclamam muito do controle das horas extras pelas empresas e assim temem qualquer modificação que possa piorar a atual situação. Chegam a dizer que são prejudicados na contagem das horas extras e assim não aceitam o banco de horas”, disse Jorge Galdino, presidente do Sindjor-PB. 

Na reunião da última terça-feira, foi feito um esforço para que o texto da Convenção respeite os preceitos legais, enfatizando que seja mantido o limite diário de duas horas extras e que o banco de horas seja implantado de forma acordada entre empresários e funcionários. “A categoria já cedeu na questão do reajuste salarial e da reposição das perdas salariais, apesar de muito aquém do esperado pelos jornalistas. Esse foi um gesto de sacrifício e tentativa de diálogo com os empresários, assim esperamos que os demais pontos que estão travando a assinatura do documento sejam acatados pelos empresários e assim tenhamos o registro da Convenção Coletiva”, enfatizou Galdino. 

Os dirigentes do Sindicato que representam as empresas jornalísticas anotaram as reivindicações e disseram que iriam consultar os empresários para, num prazo de dez a quinze dias, firmar uma posição. “A categoria já vem fazendo sacrifícios há vários anos, não foi intransigente com os demais pontos do documento, mas não aceita cláusulas que modifiquem o texto da legislação. Acreditamos no bom senso dos empresários e vamos aguardar o retorno sobre nossas reivindicações, contudo, nada será assinado sem a anuência da categoria”, Finalizou. 

Da Redação do Sindjor-PB.


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